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22 de mar. de 2013

O lápis vermelho


O pequeno lápis dizia quando lhe perguntavam qual era a sua cor:
- Sou vermelho!
Lapito estava seguro de sua cor.
Ocorre que um dia apareceu um outro lápis que também se dizia também vermelho.
Lapito observou que aquele lápis que se dizia vermelho parecia realmente vermelho. Então,  ficou inseguro quanto a sua cor. Não sabia se era mesmo vermelho. Notou que perto daquele lápis ele pendia mais para o laranja.  O pequeno lápis perdeu assim sua identidade.
- Eu te odeio! Disse Lapito para o recém-chegado
- Ora porquê? Acaso lhe fiz algum mal?
- Antes de você chegar eu era vermelho. Agora não sei mais que cor eu sou. Você tirou meu brilho. Ninguém me procura mais para fazer um coração, uma maçã, uma boca. Só quando vão pintar uma laranja.
- Não diga que sou responsável por sua baixa estima. Por você pensar uma coisa quando é outra. Não tenho culpa se você precisa estar só para poder brilhar. Ora, se você quer se parecer mais com vermelho se aproxime então do lápis laranja.
Lapito achando boa a idéia ficou bem do lado do lápis laranja. Porém, agora quando uma criança ia pintar uma laranja ele não era mais escolhido, pois não era nem laranja nem vermelho.
Lapito se entregou ao desânimo. Ficou quieto e escondido dentro do estojo.
Mas, um outro dia na sala de aula a professora de desenho ensinava as crianças sobre as cores.
- Queridos alunos agora vamos aprender sobre as cores primarias que são três. Elas são muito importantes porque a partir delas podemos obter todas as outras. A primeira é a magenta.  Vamos ver onde está esta cor. Ah! Aqui está.
 Ela então pegou o Lapito dentro do estojo.
Lapito então percebeu que era sim vermelho. O primeiro. E acabou assim com sua crise de existência.
- Ora, mesmo que eu não fosse vermelho, ou magenta como diz a professora. Sou importante dentro do estojo. Disse ele agora mais confiante.
Será que nos sentimos inferiorizados perto de outra pessoa?
Será que ao contrario nos sentimos orgulhosos e superiores a outra pessoa?
Cada um tem seu valor e espaço.
IRIDE EID ROSSINI
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS para uso comercial, podendo ser utilizado em salas de aula
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blog: tiaabobrinhaparacriancas.blogspot.com 

10 de mar. de 2011

O urubu

O filho do urubu chegou em casa muito triste, porque na Escola todas os filhotes das aves disseram que sua família comia só carniça, os restos de animais mortos deixados por animais predadores
O pai urubu então chamou o pequeno filho e disse:
- Somos chamados animais necrófagos, ou seja, lixeiros naturais.  Além de nos alimentarmos da matéria em decomposição devolvemos ao solo substâncias indispensáveis ao crescimento das plantas e, portanto dos animais.   Se não fossem os animais necrófagos iria acabar o suprimento de compostos de nitrogênio do mundo, parte vital das proteínas. Entre os vegetais existem os fungos e as bactérias que também fazem este papel. Entre os insetos as moscas e os besouros Entre os animais são necrófagos os mamíferos chacal e a hiena. Entre as aves os abutres, o corvo e nós os urubus.
Viu meu filho? Nós, os urubus somos muito importantes porque prestamos um serviço muito valioso para a mãe natureza e você deve se orgulhar disso.
Todos os seres deviam nos respeitar.
Aquele que serve é superior ao que é servido.  Aliás, ser lixeiro é uma profissão muito nobre.
Volte para a Escola de cabeça erguida meu filho
E o pequeno urubu assim fez.
Moral da estória:
Todas as profissões são necessárias
Todos os trabalhadores devem ser respeitados
Iride Eid Rossini
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